História da Astrologia
Do apogeu ao declínio e posterior renascimento. Os precedentes da Astrologia se encontram na antiga região da Babilônia e foram disseminados ao longo do tempo para os persas, indianos, egípcios e gregos. Conheça um pouco da sua história.
ASTROLOGIA
Apesar de não sabermos ao certo quando a Astrologia teve seu início, seus precedentes se encontram na antiga região da Babilônia e foram disseminados ao longo do tempo para os persas, indianos, egípcios e gregos. Nesta época, ainda não havia uma sistematização do conteúdo astrológico, mas seus conceitos foram de grande importância e relevância até os dias de hoje. Na Mesopotâmia, por volta de 2000 a.C, que o olhar humano ao céu trouxe uma narrativa interpretativa do que acontece na Terra através do conhecimento do cosmo. Nesta época, o interesse era mais focado nas previsões climáticas e políticas, para compreender colheitas, prever escassez, guerras e pragas.
Mas no século IV a.C. que a Astrologia passou por um processo intenso de sistematização, nascendo a Astrologia Horoscópica, em que existe a definição de um Ascendente e seu estudo traz informações sobre o destino - pessoal, mas principalmente do indivíduo e seus entornos, pois o destino se trata de uma rede de vários destinos individuais entrelaçados. Os signos, a ecliptica e outros conceitos da fase babilônica passam a fazer parte de algo maior e mais complexo. E é neste período que surge a Astrologia Helenística. A Astrologia Horoscópica surge no Egito e na região do Mar Mediterrâneo, e a conquista do Império da Macedônia traz forte influência da filosofia pitagórica (apreciação da harmonia, das formas geométricas), do estoicismo (noção de destino), do platonismo e neoplatonismo. Posidonius, discípulo de Hiparco , o descobridor dos equinócios, foi quem introduziu a Astrologia ao pensamento grego por entendê-la como uma forma coerente de explicar o destino a partir da analogia entre o Céu e a Terra. As trocas culturais estão na essência da Astrologia. A astrologia Helenística influenciou a Indiana e após a decadência do helenismo, vem o Império Sassânida e Astrologia passa a ser influenciada pelos persas, muito importantes para a ascensão da Astrologia Árabe, que trouxe muita contribuição na metodologia astrológica.
A posição da Igreja Católica foi, em sua maioria, crítica à Astrologia, apesar de contarmos com importantes padres astrólogos, e na Idade Média, a Astrologia ganhou um novo fôlego, tendo status de curso em Universidades. Nesta época, houve bastante influência da língua latina, e a Astrologia, que muito fala sobre o corpo físico, começou a ser estudada junto com a Medicina. Mas no Renascimento, entre 1400 e 1600, começa-se o período de decadência, devido ao advento da ciência e da modernidade, que trazia a racionalidade e ideais de progresso, rejeitando o antigo, o pensamento simbólico e tradicional. Foi nesse período que se popularizaram os almanaques superficiais com informações ruins e genéricas sobre astrologia, e, unindo-se ao pensamento cartesiano, declara-se o fim da Astrologia Tradicional.
No Sec XIX, surge então a Astrologia Moderna que busca resgatar a espiritualidade meio à cultura científica. Neste meio tempo, muitos dos livros antigos se perderam e importantes teorias, como dos aspectos, regência e exaltação, bem como o significado das casas astrológicas, foi distorcido. O surgimento da linha New Age trouxe ainda mais distorções, e a massificação através da divulgação de horóscopos em revistas com previsões por signo solar fez com que esse sagrado conhecimento se transformasse um produto genérico e massificado. Para preencher lacunas dos textos perdidos, astrólogos modernos fizeram uso de teorias neoesotéricas e psicológicas, e a interpretação extremamente psicologizada da Astrologia também foi responsável por grandes distorções deste saber simbólico, que, em sua origem, não fala apenas do indivíduo.
O ponto é que a Astrologia não é ciência nem se pretende prová-la como tal. Ela tem seus próprios preceitos e sua epistemologia, que diz respeito a reflexão geral em torno da natureza, um estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva. É um estudo simbólico, um conhecimento hermético, que se usa do espelhamento: interpretando os símbolos do céu, consigo compreender o que acontece na terra. E é assim que podemos desvendar as tramas do destino e lidar melhor com as situações como elas se apresentam. A ciência é extremamente importante e graças aos avanços tecnológicos temos menos doenças, menos fome, menos dor. Mas o problema é quando se trabalha de forma excludente, considerando charlatanismo tudo o que não é ciência.
A Astrologia, portanto, não é um estudo de influência dos astros, pois não trabalha na relação de causa-efeito. Não é uma pseudociência, muito menos tenta competir com a ciência, apenas coexistir, trazendo a compreensão do destino a partir da observação do céu e sua semelhança com os eventos aqui da Terra. Assim, nos anos 70, a recuperação de livros antigos se intensificou, trazendo uma esperança para o saber astrológico. Surge a Astrologia Tradicional Contemporânea, na qual se busca avançar na Astrologia respeitando seu passado, e não rompendo com ele.
Se eu puder dar uma recomendação é: cautela com informações massificadas e generalizadas. Cada indivíduo é único e apenas uma análise individualizada é capaz de desvendar a verdade. Disfarçadas de autoconhecimento, acabam por induzir ao invés de esclarecer. E quando se vê, ao invés de ouvir a sabedoria que vem de dentro, mais uma vez cai-se na doutrinação que vem de fora. Portanto, se quiser saber mais sobre si e sua relação com o todo, agende agora uma leitura do seu Mapa Astral, com a confiança de estar sendo atendido por quem está constantemente estudando e se atualizando respeitando a tradição astrológica, com análises bem embasadas e sem reducionismos, mostrando a verdade, facilitando sua tomada de decisão perante à vida, trazendo clareza e auto realização.